Transporte de carga: 5 cuidados para conduzir mercadoria na estrada

Transporte de carga: 5 cuidados para conduzir mercadoria na estrada

05 de maio de 2025

O transporte de carga está presente em toda a cadeia produtiva brasileira. Ou seja, no país, nenhum setor funciona e vende sem isso. Afinal, é um território de distâncias continentais, elevando a importância dessa atividade de apoio.

 

Portanto, é preciso investir em cuidados para que esse processo ocorra de forma segura e eficiente. Nesse contexto, aspectos que vão de burocracias a questões práticas, como a amarração de cargas, devem ser observados.

 

Confira 5 deles e muito mais!

 

Importância do cuidado com o transporte de carga

 

O cuidado com o transporte de carga é uma questão de segurança, tanto para quem a conduz quanto para os demais envolvidos no trânsito. Ainda, visa a proteção dos itens que a compõem. Dessa forma, sua importância está ligada a evitar danos, avarias, acidentes, etc.

 

Tais atitudes são indispensáveis para que os negócios que participam da transação — fornecedores, compradores, contratantes e transportadores — não tenham prejuízos. Portanto, minimizar riscos nesse momento implica em aumentar a eficiência a partir de planejamento e precaução.

 

Tipos de transporte de carga que precisam de atenção

 

Os cuidados no transporte de carga tendem a variar de acordo com o tipo de mercadoria, produto ou bem que está sendo movimentado. No geral, são itens secos. Mas algumas outras categorias precisam de mais atenção. Entre elas as cargas:

 

  • fracionadas: quando várias empresas dividem o mesmo meio para levar pequenos volumes a destinos próximos;
  • frágeis: incluem quaisquer objetos que quebram ou danificam facilmente;
  • frigoríficas: transportadas em carrocerias especiais que refrigeram, são normalmente alimentos perecíveis e congelados;
  • líquidas: se caracterizam por haver a possibilidade de derramamento;
  • pesadas ou muito grandes: vão de maquinários e veículo a bens cujas medidas são maiores que o permitido pelo Código Brasileiro de Trânsito (CBT);
  • perigosas: abrange explosivos, inflamáveis, químicos, radioativos, tóxicos, com risco biológico, corrosivos entre outros;
  • preciosas: joias, valores, obras de arte e outros elementos cujo preço seja substancial.

 

5 cuidados ao transportar uma carga

 

Na prática, o transporte de carga, mesmo as mais comuns, exige uma série de precauções. Veja 5 cuidados a seguir!

 

1. Atente para a questão burocrática

 

O transporte de carga cria uma série de obrigações burocráticas. São licenças e demais documentações necessárias para que a operação seja considerada idônea. No geral, incluem questões como:

 

  • Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) e seu respectivo Documento Auxiliar (DANFE);
  • Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e) e seu Documento Auxiliar (DACTE);
  • Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais (MDF-e) e Documento Auxiliar relacionado (DAMDFE);
  • Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV);
  • Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviário de Cargas (RCTR-C);
  • Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Carga (RNTRC);
  • Código Identificador da Operação de Transportes (CIOT).

 

Já em modalidades específicas, tais comprovações precisam ser complementadas com o atendimento de outras exigências. Entre elas, Autorização Especial de Trânsito ou Certificado de Adequação à Legislação de Trânsito (CAT), por exemplo.

 

Por fim, não se deve esquecer da contratação do seguro. Ao dono do que está sendo movimentado cabe o Seguro de Transporte Nacional. Sua obrigatoriedade existe se a própria empresa for fazer essa atividade. Por outro lado, às transportadoras é obrigatório o Seguro de Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviário de Carga (RCTR-C).

 

2. Busque por soluções de segurança

 

Diante das dificuldades logísticas — estradas mal conservadas, criminalidade, longas distâncias, etc. —, a proteção da operação ganha importância. Mas ela não termina com a contratação de um seguro.

 

Enquanto ele é voltado para ressarcir os envolvidos se o pior ocorrer, medidas preventivas e resolutivas devem complementar isso. Entre essas precauções estão inclusas o investimento em:

 

  • tecnologias de rastreamento, telemetria e monitoramento para saber informações em tempo real sobre localização, condução, etc.;
  • roteirização da jornada para evitar pontos arriscados, garantir as pausas de descanso para os motoristas e maximizar o aproveitamento da rota;
  • treinamentos que otimizem processos, desde a organização da carga até a direção, diminuindo condutas imprudentes ou pouco efetivas.

 

3. Mantenha o veículo em condições

 

Além do componente humano, a parte mecânica também pode falhar. No transporte de carga, situações assim criam brechas para furtos ou acidentes, por exemplo. Portanto, manter o veículo em condições é uma medida de preservação.

 

A começar pela conservação. Revisões periódicas e manutenções preventivas são tão importantes quanto ações corretivas, a fim de eliminar as chances de quebra. Mais que isso, reduzem os custos, uma vez que os piores cenários demandam gastos vultosos.

 

Outro aspecto é a limpeza. Em especial quando se trata de locomover gêneros alimentícios, insumos farmacêuticos e demais itens sujeitos ao controle da vigilância sanitária. Pois, eles precisam seguir rigorosos protocolos de higiene.

 

4. Organize a carga

 

Outro cuidado básico na hora de realizar o transporte de carga é sua organização. O primeiro passo é a checagem do peso. Sua finalidade é verificar se o que está sendo movimentado não excede a capacidade do veículo. Desse modo, evita-se colocar a praticabilidade de manobras e de frenagem em risco.

 

A seguir, a embalagem da mercadoria ganha foco. Optar por camadas de proteção e materiais adequados reduz a possibilidade dos itens serem danificados por:

 

  • atritos e vibrações;
  • impactos e choques;
  • compressão e esmagamento.

 

Por fim, é fundamental garantir o uso das melhores práticas de manipulação e ordenamento dos volumes dentro do caminhão. Nesse ponto, o planejamento deve levar em conta:

 

  • o tipo de carga;
  • a ordem das entregas para facilitar a operação;
  • a distribuição de peso;
  • os recursos de travamento, contenção e bloqueio utilizados;
  • o tipo de amarração e fixação — direto, por atrito, envolvente, etc.;
  • o local a que será presa — no piso, carroceria, entre outros.

 

5. Entenda como fazer a amarração correta da carga

 

Desde que a Resolução 552 do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) entrou em vigor em 2017, e mesmo após sua substituição mais recente pela 945 em 2022, a amarração correta da carga passou a exigir novos cuidados.

 

Um dos aspectos de maior relevância que trouxe, foi a proibição do uso de cordas. Atualmente somente é permitido utilizar cintas, cabos de aço ou correntes metálicas. Esses itens necessitam apresentar uma resistência mínima equivalente ao dobro do peso transportado.

 

Correntes, por exemplo, precisam ser fabricadas em ligas de metal altamente resistentes e não podem ter danos como deformações. Além disso, acabamentos superficiais, revenimento térmico e tratamentos anti-ferrugem ou corrosão as tornam mais fortes e duráveis. Afinal, os efeitos de manobras ou frenagem bruscas exigem que elas suportem uma grande sobrecarga.

 

Esses elementos ainda devem atender às normas de qualidade sobre a tração direta que aguentam. Assim, escolher produtos de fornecedores que investem em rastreabilidade e certificação aumenta sua confiabilidade. Outras precauções na hora de tomar tal decisão, envolvem atentar para o comprimento ideal e sua data de fabricação.

 

Quanto à prática, essas normativas indicam a fixação em pelo menos 4 pontos nas estruturas metálicas. Ainda proíbem que os volumes sejam amarrados em madeira. Outra limitação é a passagem da amarra pelo lado de fora da carroceria. Isso só é possível se não houver espaço interno pelos fardos ocuparem toda a área, ficando rentes as laterais.

 

Por que a amarração adequada da carga é tão importante?

 

A necessidade de regulamentar a maneira adequada de fazer a amarração no transporte de carga chama a atenção, certo? Aliás, isso já indica que se trata de uma prática importante, não é mesmo?

 

Visto que garante a correta fixação dos volumes, ter esse aspecto em consideração está ligado às consequências negativas de ignorá-lo ou negligenciá-lo. Pois, esse cuidado ajuda a evitar riscos como:

 

  • tombamento ou deslizamento dos fardos;
  • perda ou danos durante a movimentação;
  • diminuição da capacidade de manobra por desequilíbrio na distribuição do peso;
  • acidentes, principalmente em curvas e frenagens bruscas;
  • excesso de peso que reduz o controle do meio de locomoção;
  • ferimentos a motoristas ou pedestres;
  • custos e onerações por atrasos, multas, indenizações, ressarcimentos etc.
  • autuações e processos judiciais ou administrativos.

 

O transporte de carga é uma atividade que move a economia do Brasil. Dessa forma, tomar os cuidados indicados permite que a operação seja um sucesso para todos os envolvidos. Nesse contexto, mesmo pontos básicos, como a amarração dos volumes, fazem toda a diferença.

 

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créditos da imagem: Freepik


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