A legislação trabalhista traz regras importantes sobre segurança do trabalho, e as Normas Regulamentadoras (NRs) têm papel fundamental nesse processo. A NR 11, por exemplo, é essencial para a movimentação de cargas, tratando de:
- transporte;
- armazenagem;
- movimentação;
- manuseio de materiais.
As boas práticas previstas nas normas não se limitam à segurança dos trabalhadores, afinal, um bom processo evita acidentes e danos às mercadorias. Logo, seguir essas normas também ajuda a aumentar a satisfação dos consumidores.
Quer saber mais sobre o assunto? A seguir, explicamos o que é a NR 11, seus requisitos e importância. Confira!
O que é NR 11?
Criada em 1978, a NR 11 é uma Norma Regulamentadora que trata das movimentações de carga. Ao longo dos anos, ela passou por atualizações, e elenca regras de segurança para operação de:
- guindastes;
- elevadores;
- máquinas transportadoras;
- transportadores industriais.
Quais são os principais requisitos de segurança?
Para proporcionar segurança nos processos, a NR 11 prevê uma série de requisitos que as empresas devem observar na movimentação de cargas. Veja os principais:
- adoção de boas práticas em transporte de sacas e armazenamento de materiais;
- condições mínimas de qualidade e boa conservação dos equipamentos usados nos processos;
- sinalização correta de áreas de transporte, espaços de maior risco e outras questões que exijam atenção para evitar acidentes;
- realização de treinamento e capacitação constante dos colaboradores que exercem funções relacionadas às movimentações de cargas;
- uso de equipamentos de proteção individual (EPI) e coletiva (EPC) com condições especiais de segurança, conforme a atividade realizada.
Quais são os riscos de não atender a NR 11?
Para trazer segurança à equipe, é importante seguir a NR 11, de modo a reduzir os riscos de acidentes e manter a integridade física de todos. Ainda, há menos perdas nas mercadorias e equipamentos, que tendem a ser danificadas diante de intercorrências.
Além disso, vale destacar que é obrigatório observar a norma. Nesse sentido, caso a empresa deixe de seguir a NR 11, há riscos de:
- arcar com o pagamento de multas elevadas;
- passar por um processo de interdição, diante de fiscalizações que identifiquem irregularidades;
- ter aumento na incidência de acidentes de trabalho e processos trabalhistas relacionados à segurança dos empregados.
Como aplicar a NR 11 na empresa?
A aplicação da Norma Regulamentadora exige, primeiramente, o estudo de todos os requisitos apresentados. Isso é essencial para entender os requisitos que sua empresa precisa atender.
Depois, analise os processos atuais de modo a identificar os pontos que devem ser trabalhados e traçar estratégias para adequar o negócio.
Então, estruture as capacitações e garanta uma maior compreensão dos trabalhadores sobre o assunto. Para isso, a norma prevê a aplicação de três módulos específicos, que abordam:
- Saúde, Segurança e Higiene no Trabalho;
- Estudo Específico da NR 11;
- Boas Práticas de Operação.
Com uma equipe capacitada, equipamentos de qualidade e boas práticas definidas, será mais fácil seguir a norma.
Além disso, vale conhecer outros regulamentos importantes sobre a movimentação de cargas, visando trazer mais proteção aos trabalhadores. Confira a seguir!
Amarração de cargas
Especificamente sobre amarração de cargas, vale destacar:
- ABNT NBR 15883-1 e 15883-2: cintas têxteis para amarração de cargas;
- DIN EN 12195-3: conjuntos de retenção de carga em veículos rodoviários.
Cabos de aço
Sobre cabos de aço, há as seguintes normas:
- ABNT NBR 13541-1 e 13541-2: linga de cabo de aço;
- ABNT NBR ISO 17558: cabos de aço — procedimentos de soquete;
- ABNT NBR ISO 2408: cabos de aço para uso geral — requisitos mínimos;
- ABNT NBR 4309: equipamentos de movimentação de carga — cabos de aço;
- ABNT NBR ISO 3108: cabos de aço para uso geral — determinação da carga de ruptura real.
Cintas para elevação
Em relação às cintas para elevação de cargas, deve-se ter atenção aos seguintes padrões:
- ABNT NBR 15637-1, 15637-2 e 15637-3: cintas têxteis para elevação de cargas;
- ASME B30.9: norma de segurança para cabos, guindastes, guinchos, ganchos, macacos e eslingas.
Correntes e acessórios grau 8
As correntes e acessórios grau 8 também possuem normas específicas. São elas:
- ABNT NBR ISO 16798: anel de carga grau 8 para uso em lingas;
- DIN EN 1677-1, 1677-2, 1677-3 e 1677-4: componentes para lingas — segurança;
- ABNT NBR ISO 8539: acessórios de aço forjado para utilização em elevação com correntes de grau 8;
- ABNT NBR 15516-1 e 15516-2: corrente de elos curtos para elevação de cargas — lingas de correntes;
- ABNT NBR ISO 1834: corrente de elos curtos para elevação de cargas — condições gerais de aceitação;
- ABNT NBR ISO 3076: corrente de elos curtos de aço de seção circular para elevação de cargas — correntes de tolerância média para lingas de corrente — grau 8.
Outras normas
Por fim, existem outras normas gerais sobre o tema. Veja:
- DIN 580: parafusos olhal de elevação;
- DIN EN 13157: guindastes — guindastes manuais;
- ABNT NBR 13545: movimentação de cargas — manilhas;
- ABNT NBR 16324: talhas de corrente com acionamento manual;
- DIN 15401-2: ganchos de elevação para aparelhos de elevação;
- DIN EN 13155: guindastes — acessórios de elevação de carga não fixos;
- ABNT NBR ISO 3266: parafusos olhal de aço forjado de grau 4 para fins de elevação de cargas;
- ASME B30.26: norma de segurança para cabos, guindastes, torres, guinchos, ganchos, macacos e eslingas.
Agora que você sabe mais sobre a NR 11 e boas práticas de segurança na movimentação de cargas, trabalhe para adequar a sua empresa. Assim, a equipe terá maior proteção na realização dos trabalhos, reduzindo os riscos de acidentes e ajudando a trazer mais satisfação aos clientes.
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